Ravenloft 2ª Temporada | O Necromante, a Estrada e a Bruxa
Sessão 2
Então Irina Kolyana cravou as presas no pescoço do inocente retardado. Sasaki e Diana imediatamente sacaram suas armas, agressivamente, e tentaram salvar a vida do moribundo, entretanto, antes que pudessem apontar a primeira lâmina para a vil criatura, esta os olhou nos olhos e, encarecidamente solicitou que não atrapalhassem sua refeição. Enfeitiçados pelo olhar vampÃrico de Irina, se resignaram a observar aquela situação. Gaus seguiu o mesmo caminho e Andrei, o mais experiente na caça a criaturas sobrenaturais, apenas observava atentamente a cena e se preparava para buscar o maior número de informações possÃveis de Ismark e sua irmã.
Andrei ouviu sobre a jornada de Ismark. Soube que aquele homem tinha ido ao perdido Templo Ambar e sobre os tesouros e dons que haviam naquele lugar, soube sobre os homens que usaram a ombreira do grande lobo e sobre a lenda que se criou em torno dela, soube que chegaram a conseguir ter em mãos a lendária Espada do Sol, forjada por Sergei Von Zarovich, e o misterioso sÃmbolo sagrado de Ravenkind, e soube o que aconteceu na noite em que sua comitiva partiu para um jantar em Ravenloft a convite do Conde Strahd.
Ismark contou que o corpo de Sir Gaerlic se levantou como um Ressurgido jurando vingança ao vampiro e acabou se juntando à Ordem do Dragão Prata. Revelou onde ficavam as ruÃnas da sede desta antiga Ordem e os alertou para as lendas sobre o fantasma de um dragão que assombrava aquele local. Ismark também revelou que outro de seus companheiros, o necromante Darius Crowley, saÃra com vida naquela noite graças a um dom conseguido no Templo do Ambar, que o tornou imune a à s artimanhas de controle mental utilizadas pelo diabo, e que hoje vive isolado em uma cabana na floresta de Svalich, buscando obsessivamente uma maneira de destronar Strahd. Por fim, cedeu a Andrei um bonito florete de prata, que ganhara de Crowley, que anteriormente, o recebera como presente de seu amigo vistana Fiodor Dagtavich, forjado para combater criaturas incorpóreas.
Andrei, Gaus, Diana e Sasaki passaram a noite na casa de Ismark. Ao amanhecer, tomaram um pouco chá, comeram pão, castanhas e queijo, organizaram a carroça e seguiram algumas coordenadas passadas pelo burgomestre em busca da cabana do necromante. Após duas horas caminhando por entre a mata densa, avistaram uma região soturno, onde as névoas se aglomeravam de maneira antinatural. Haviam chegado ao seu destino.
Com longos cabelos e barbas grisalhos e desgrenhados, e olhos compostos totalmente pela textura de sua Ãris, sem nenhuma parte branca, o velho homem recebeu o quarteto desdenhando de suas histórias e de seu Ãmpeto em destruir Strahd, porém, aos poucos, contou sobre os acontecimentos na Catedral de Santa Markóvia, a exploração do Templo do Ambar e o embate no Castelo Ravenloft e indicou que se quisessem se fortalecer, precisariam antes se preparar, e afirmou que uma alquimista de Vallaki, chamada Lena Dentesverdes poderia lhes dar informações. Por fim, os acompanhou até a carroça, onde realizou um ritual mágico no boi Bumba para que este conseguisse correr por dias sem descansar, facilitando a viagem daquelas pobres almas a Vallaki.
Com pressa por saberem que, a esta altura Strahd já poderia saber de sua empreitada, os aventureiros partiram em alta velocidade pela Velha Estrada de Svalich, por onde vivenciaram situações das mais estranhas e perigosas. Ainda antes do anoitecer, encontraram pelo chão um espelho de prata delicadamente trabalhado, mas ao olharem para ele, o reflexo revelava suas faces velhas e decrépitas. Andrei prontamente arremessou o objeto que julgou amaldiçoado para os braços da floresta. Pouco depois, o vento trouxe até o peito de Sasaki um desenho que o mesmo se lembrou de ter feito quando criança.
No cair da noite, após minutos ouvindo uivos se aproximando, a comitiva foi atacada por lobos atrozes. Em um primeiro momento, tentaram afastar as feras e fugir, entretanto, Sasaki foi derrubado por uma das criaturas e seus companheiros decidiram parar e combater. Alguns lobos fugiram (um, inclusive, com uma machadinha de Diana preso na carne) e outros morreram, mas não houve maiores problemas para vencerem o combate. Retomaram viagem e ao amanhecer, avistaram um corpo jogado na estrada. Mesmo contra a vontade do grupo, o paladino Gaus decidiu parar e verificou e o morto tinha exatamente a sua aparência, decidindo levar o corpo consigo. Em meio a discussões sobre o mau agouro que aquilo poderia trazer, Diana jogou o defunto da carroça e todos buscaram acalmar os ânimos do homem.
Na segunda noite, após uma breve parada para alongar as articulações, o grupo foi atacado por uma bruxa da Baróvia. Imediatamente, subiram na carroça e partiram em meio à escuridão tentando deixar a monstruosidade para trás, entretanto ela os perseguiu voando em uma vassoura e disparando abóboras explosivas contra a carroça, enquanto os aventureiros contra-atacavam com flechas e magias. Próximos à ponte das gárgulas, sobre o rio Ivlis, Andrei conseguiu acertar e destruir a vassoura da bruxa, que foi arremessada na estrada e, em um último golpe, jogou uma abóbora explosiva na ponte, bem a frente da carroça, causando sua obliteração. Usando toda a força de velocidade do boi adulterado, cogitaram por instantes parar, mas o receio de haver outras bruxas se aproximando os encorajou a tentar saltar, arriscando caÃrem nas geladas e enevoadas águas. Gaus, que tinha as rédeas, conseguiu o salto, para o outro lado da ponte, mas a carroça foi destruÃda e Sasaki à beira da morte.
Continua...